sábado, maio 26, 2007

Não se deve alinhar na crítica pela crítica... é certo!... Mas devemos ter os pés bem assentes no chão. Qual a situação de Portugal neste momento?
Poderá estar Sócrates estar constantemente a vangloriar-se da sua governação?
Estará Portugal a ter crescimento económico, ou estima-se que venha a acontecer um crescimento económico capaz de criar emprego e reduzir o flagelo que nos encontramos agora. O governo acredita que desemprego médio em Portugal em 2007 será de 7,2.. A OCDE acredita que será nunca inferior a 7,6. As mulheres e os jovens até aos 25 anos continuam a ser as grandes vítimas do desemprego.
Claro está que com crescimento económico tudo se resolve. Mas o nosso é tão fraquinho! E ainda por cima está constantemente ameaçado pois como é sobejamente sabido são as exportações a grande base do crescimento do PIB. Estamos a perder gás pois a nossa vocação ainda é a mão-de-obra barata e como é óbvio não temos grandes hipóteses de concorrer com países como Malásia, Índia, China ou até os recentes membros da UE. O plano tecnológico teima em não mostrar resultados...

Agora reparem: o Governo sustenta que o investimento público pode ajudar no combate ao desemprego. Um mega projecto como a OTA ou TGV podem criar postos de trabalho, directos e indirectos, mas como financiar um mega projecto desses… em português corrente: onde é que o governo, que inclusivamente tem restrições Orçamentais, vai buscar o dinheiro? Será nos Impostos, taxas e pseudo taxas…

As empresas estão sobrecarregadas de impostos. Os impostos são o principal problema da liquidez das empresas: IRC 25% + derrama…
Em Março: Pagamento Especial por conta;
Maio: IRC autoliquidação;
Julho: Pagamento Por conta;
Setembro: Pagamento Por conta,
Novembro: Pagamento especial por conta;
Dezembro: Pagamento por conta.

E nós, meros cidadãos, por exemplo, por cada euro que pagamos de combustível cerca de 67 cêntimos vão directos para o Erário.

Mais impostos?

Não obrigado


6 comentários:

Archeogamer disse...

Onde anda os milhares de empregos prometidos? Cada vez fecha mais empresas, qualquer fecha mas é de vez Portugal.

adrianeites disse...

ele prometeu "apenas" 150000!
as empresas têm dificuldades enormes de laboração. isto está muito dificil.. quem, como eu, trabalha na gestão financeira de uma empresa perceberá muito bem o que digo!

Zé Povinho disse...

O desemprego tem sido um alfobre de mão-de-obra barata para alguns empresários sem escrúpulos, mas não é solução para os problemas, porque isso se reflete sempre num aumento de impostos. Investimento e modernização são necessários e isso tem de ser incentivado, a par duma melhor repartição da riqueza gerada.
Abraço

Archeogamer disse...

Eu sei, hoje arrependo-me de não ter completado o meu curso, agora qualquer merda de trabalho pede uma licenciatura.

Exemplo: Há 7 anos pediam delegados de propaganda médica com 9º ano, hoje em dia raramente se vê a pedir com o 12º é tudo licenciatura.

pedem vendedores com licenciatura, para vender bem é preciso mais lábia não estudos.

São só exemplos.

adrianeites disse...

infelizmente existem muitos empresários sem escrupulos, muitos outros que trabalham exclusivamente ou quase na economia paralela.. etc etc... qq 1 é empresário.. esse é outro dos problemas em Portugal!

odysseus ainda estás a tempo de completar o curso! embora concorde contigo... os estudos só fazem sentido se estiverem de acordo com algumas aptidões intrinsecas do próprio estudante! como o vendedor por exemplo que tem de ter muito "pactuà" por exemplo!

claro que as coisas não estão faceis... na mihha empresa (aquela que trabalho) temos de casos de licenciados com cargos completamente estranhos.. a recepcionista é licenciada em recursos humanos.. tem claramente potencial para mais mas é isso que faz! não estão faceis as coisas!

cp's

José Lopes disse...

Caro amigo
Há dificuldades do lado dos trabalhadores e do lado das empresas. É assim e sempre será, mas a tradução real disto não pode ser a que estamos a assistir: aumento do fosso entre os ricos e os pobres. A má distribuição dos recursos não pode dar bom resultado.
Há muitos factores envolvidos na produção que só são tocados ao de leve, como o preço da energia, para dar só um exemplo bem actual, porque é que se fala só na legislação laboral?
Tchaui