segunda-feira, junho 19, 2006

Portugal apurou-se para a fase seguinte do campeonato do mundo quando ainda falta um jogo, precisamente contra a única equipa que tem alguma reputação (México). Depois será a doer e encontraremos adversários de alto calibre.
No discurso politicamente correcto e oportunista podia escrever que Portugal está em grande pois ganhou os dois jogos e que quarenta anos depois conseguiu passar da fase de grupos. Diria ainda que scolari é bom treinador e que escolheu os melhores e tal. Diria ainda que a continuidade de Scolari seria excelente.
Mas eu detesto esse discurso… temos de ser coerentes e ver as coisas tal como elas são e elas são assim: Portugal jogou contra equipas fracas, sem expressão a nível mundial. Na selecção angolana existem dois ou três jogadores que não têm emprego e a sua maioria que alinha noutros países que não o angolano jogam em escalões inferiores. O irão não tem potencial. Contra o México que muitos querem engrandecer por ser o terceiro ou quarto país com mais presenças em fases finais do mundial (esquecem-se que o México joga no apuramento contra Trinidad e Tobago, Canadá, Taiti, EUA entre outros), vamos ver como correm as coisas.
Portugal tem sido “alimentado” por Luís Figo que graças ao seu talento consegue levar a equipa para a frente. Luís Figo é sem a mínima duvida o melhor jogador Português de todos os tempos e um dos melhores de sempre também a nível mundial (seguramente o melhor médio ala de sempre).
Ricardo tem sido igual a si próprio, ou seja, inseguro. Miguel esquece-se sempre que um defesa deve enfatizar o trabalho defensivo. Ricardo Carvalho tem passeado a classe. Meira não tem comprometido mas destrói mais do que devia. Nuno Valente tem sido constante.
Costinha entrou bem e mostrou que é o melhor médio defensivo Português revelando no entanto notória falta de ritmo. Maniche não sabe jogar mal. Deco não concorrência. Ronaldo deve pensar que o futebol é um desporto colectivo que vive de talentos individuais. Pauleta é a nulidade do costume.


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