Manuais escolares

Ano após ano as famílias vêem-se na obrigação de comprar os manuais escolares para os filhos. Trata-se de uma verba muito avultada que dado o poder de compra existente no nosso país devasta as já leves bolsas dos portugueses. A questão fica ainda mais complicada se pensarmos que praticamente não se utilizam livros de um ano para o outro e muitos dos manuais destacados para as aulas têm utilidade dúbia.
Os Livreiros continuam a levar os seus intentos avante com clara conivência do ministério da educação, com a passividade das escolas e docentes e com a colaboração por inércia dos próprios pais.
Estamos na era do computador, da Internet, dos ficheiros electrónicos. Precisamos de reutilizar, recuperar e reciclar... como isto dos livros está em nada se está a contribuir.
Enquanto nada se faz as famílias suportam um custo que claramente podia sem dificuldades de maior.
Eu sugeria que os livros se mantivessem mais tempo no programa escolar, sem "restyles" inócuos ou substituições;
Podia-se por exemplo adoptar o método que Paulo Portas sugeriu em que as escolas emprestariam os manuais escolares aos alunos por um ano;
Nalgumas disciplinas podia-se inclusivamente eliminar os manuais utilizando Internet como suporte;
enfim... muitas outras coisas podem e têm de ser feitas... a primeira tem de ser com os lobys sobejamente conhecidos.