terça-feira, agosto 08, 2006

Na minha visão sobre o país, sobre a evolução e desenvolvimento do mesmo não concebo o encerramento de unidades hospitalares como algo de lógico. Lógico seria aumentar as unidades hospitalares, melhorar e não encerrar.
Neste sentido sou absolutamente contra as medidas deste governo que estão a encerrar maternidades. Acho que estas medidas encaminham o país para a regressão e não para a evolução. O estado tem de ser pessoa de bem. O governo tem efectivamente que promover a equidade e inclusão social. Claro que também tem de promover o crescimento e estabilidade mas não pode pensar que todos os fins justificam os meios.
Devo dizer ainda que admito que o governo pudesse num ou noutro caso ter de fazer ajustamentos mas fechar maternidades por via de regra não é definitivamente uma solução credível. Veja-se casos como o da maternidade de Mirandela que já fica longe de freguesias e que sendo encerrada a maternidade local as parturiantes ficam ainda mais longe.
Preferia que o estado cortasse em despesas de luxo como viagens em jactos, helicópteros, estadias, comitivas de dezenas de pessoas, etc.
Optaria ainda que os funcionários públicos perdessem parte dos direitos adse e que os mesmos fossem capitalizados para nos trabalhadores do sector privado. Eu pago 50€ no dentista, o funcionário público paga 5€… e se pagássemos todos 20 ou 25? Não seria mais justo? (muitas outras disparidades existem entre funcionários públicos e privados que se combatidas trariam maior igualdade).
Teria escolhido não dar subsídios a clubes de futebol para construírem estádios e os terem ás moscas. Seria apologista de cortar em subsídios para teatro e cinema ou qualquer outra arte. Prefiro que se incuta na sociedade valores e hábitos culturais capaz de dotar as artes de auto-financiamento.
Não escolheria o TGV e muito menos o aeroporto da Ota como prioridades de investimento público.
Pensaria em reduzir os deputados na assembleia da república, o número de secretários de estado enfim…
Por todas estas razões e mais algumas sou contra o encerramento de maternidades. Podem me acusar de ter uma visão cor-de-rosa das coisas mas sou totalmente realista se não vejam que 1 deputado deve dar para pagar a 2 ou 3 médicos e agora apontem-me as diferenças. O primeiro passa uma sessão a ler o jornal, por a conversa em dia, a dormir e tal... quando o presidente da assembleia pede para os deputados votarem eles lá se levantam de acordo com as instruções partidárias. Os segundos trabalham, a 90, 95 ou 120% mas lá trabalham!


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